do livro Autobiografia de um Iogue - Paramahansa Yogananda
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As Escrituras védicas, da India, declaram que o mundo físico está sujeito a uma lei fundamental, a de máya, ou princípio da relatividade e da dualidade. Deus, a Única Vida, é Unidade Absoluta.
A Lei do Movimento, de Newton,
é uma lei de máya: “Para cada ação existe sempre uma reação igual e contrária. A
eletricidade, por exemplo, é um fenômeno de atração e de repulsão; seus
elétrons e prótons são contrários elétricos. O átomo é, como o nosso próprio
planeta, um imã com pólos positivos e negativos.
Sendo assim, a ciência
continua em perpétuo fluxo, incapaz de atingir a Causa Primeira e Última; apta,
é verdade, para descobrir as leis de um cosmo já existente e funcional, mas
impotente para achar o Autor da Lei e o Único Operador. São bem conhecidas as
grandiosas manifestações da gravitação e da eletricidade, mas o que são a
gravitação e a eletricidade, nenhum mortal o sabe.
Transcender máya foi a tarefa atribuída à
raça humana pelos profetas milenários. Elevar‑se sobre a dualidade da criação
e perceber a unidade do Criador, eis o fim supremo do homem. Os que se apegam à
ilusão cósmica devem aceitar sua lei essencial de polaridade: fluxo e refluxo,
ascensão e queda, noite e dia, prazer e dor, bem e mal, nascimento e morte.
Este padrão cíclico assume certa monotonia angustiosa depois que o homem passou
por alguns milhares de nascimentos; ele começa, então, a lançar um olhar de
esperança para além das compulsões de máya.
Enquanto o homem
permanece sujeito às ilusões dualísticas da Natureza, ele não pode conhecer o
Deus único e verdadeiro.
Em meio aos trilhões de
mistérios do cosmo, o mais fenomenal é a luz. Ao contrário das ondas sonoras,
cuja transmissão exige atmosfera gasosa ou algum outro meio material, as ondas
de luz transpõem livremente o vácuo do espaço ínterestelar. Elas dispensam até
mesmo o hipotético éter, considerado, na teoria ondulatória, o meio
interplanetário da luz.
“Reconhecer francamente
que a ciência física estuda um mundo de sombras é um progresso dos mais
significativos escreveu Sir Arthur Stanley Eddington em “A Natureza do Mundo
Físico”. No mundo da física, observamos
um jogo de aparências, que é o próprio drama da vida cotidiana. Meu cotovelo,
uma sombra (aparência, irrealidade, alusão à essência), apóia-se sobre a mesa,
outra sombra; a tinta, sombra, desliza sobre o papel, sombra. Tudo é simbólico,
e o físico não vai além do símbolo. Então vem (o filósofo) a Mente, o alquimista
que transmuta os símbolos ... Para concluir em termos crus, a substância do
mundo é substância mental”.
Um iogue que, através
da meditação perfeita, fundiu sua consciência com o Criador, percebe que a
essência do cosmo é a luz (vibrações de energia vital); para ele, nenhuma
diferença há entre os raios de luz que compõem a água e os raios de luz que
compõem a terra.
“Se, pois, teu olho for único, teu corpo
inteiro será luminoso. Concentração prolongada no olho espiritual libertador
capacita o iogue a destruir todas as ilusões relativas à matéria e ao peso
gravitacional; ele vê o universo como o Senhor o criou: em essência, uma
indiferenciada massa de luz.
Os filmes de cinema,
com suas imagens animadas, ilustram muitas verdades concernentes à criação. O
Diretor Cósmico escreveu os argumentos de suas próprias películas e convocou
enormes elencos para os cenários dos séculos. Da cabina escura da eternidade,
Ele envia Seus raios de luz através de fitas de eras sucessivas e as cenas se
projetam na tela do espaço.
Exatamente como as
imagens cinematográficas parecem reais, mas são apenas combinações de luz e
sombra, assim também a variedade universal é uma aparência ilusória. Os
planetas, com suas incontáveis formas de vida, nada mais são que imagens num
filme cósmico. Temporariamente verdadeiras aos cinco sentidos do homem, as
cenas transitórias são projetadas na tela da consciência humana pelo infinito
raio criador.
Olhando para cima, numa
sala de projeção, os espectadores podem observar que todas as imagens surgidas
na tela derivam de um raio de luz sem imagens. Do mesmo modo, a branca e única
luz da Fonte Cósmica emite o colorido drama universal, com engenhosidade
inconcebível, Deus procede à montagem de “superespetáculos” para diversão de
Seus filhos, fazendo‑os simultaneamente atores e espectadores de Seu cinema
cósmico.
Como você encara ter que passar por milhões de reencarnações até "cair na real", desiludir-se de Máya, deixar a monótona vida material e se voltar para a Unidade de Deus, para uma vida mais dinâmica, infinita?
Ativar o 3º olho pode ser uma forma de iluminar seu espírito para visualizar mais claramente a diferença entre a vida oferecida por Máya e a vida oferecida pela Fonte de Luz que é Deus?
Você acha que a vida física é realmente como um filme criado por Deus? Somos atores e espectadores?
Como você encara ter que passar por milhões de reencarnações até "cair na real", desiludir-se de Máya, deixar a monótona vida material e se voltar para a Unidade de Deus, para uma vida mais dinâmica, infinita?
Ativar o 3º olho pode ser uma forma de iluminar seu espírito para visualizar mais claramente a diferença entre a vida oferecida por Máya e a vida oferecida pela Fonte de Luz que é Deus?
Você acha que a vida física é realmente como um filme criado por Deus? Somos atores e espectadores?

Acredito que a reencarnação é um processo maravilhoso, principalmente se encararmos tudo como uma grande luz projetando nossas vidas como um filme. E as milhões de reencarnações pelo menos quanto ao tempo, são ilusorias.
ResponderExcluirSim se pudessemos realmente ativar o terceiro olho seria possivel estarmos mais proximos de Deus e talvez deixarmos de viver no mundo ilusório
É muita perda de tempo levar essa vida monótona, em milhões de reencarnações, quando poderia estar desfrutando de todas as belezas, de toda a bem-aventurança, de toda a vida estética, de toda a luz, de uma vida eterna de criatividade, de toda a paz interior, e de uma série de coisas inimagináveis que a Unidade com Deus oferece.
ResponderExcluirAcredito que ativar o 3º olho dará uma ínfima ideia do que é a vida real que Deus proporciona à quem consegue se livrar de "Máya".
Acredito sim, que a vida física é como um filme criado por Deus. É como um holograma, onde somos atores e assistentes. Intuitivamente, tenho certeza, que essa vida não é a vida verdadeira. Na verdadeira vida de Deus, nada poderia ser negativo, nada é negativo, logo essa vida é uma vida ilusória. A ciência está cada dia mais próxima de provar que essa vida é um holograma. A ciência está muito próxima de provar que as coisas (algumas ações) só ocorrem se houver o Observador...