quarta-feira, 13 de setembro de 2017

RESUMO CAPÍTULO 30 - A LEI DOS MILAGRES
do livro Autobiografia de um Iogue - Paramahansa Yogananda
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As Escrituras védicas, da India,  declaram que o mundo físico está sujeito a uma lei fundamental, a de máya, ou princípio da relatividade e da dualidade. Deus, a Única Vida, é Unidade Absoluta.
A Lei do Movimento, de Newton, é uma lei de máya: “Para cada ação existe sempre uma reação igual e contrária. A eletricidade, por exemplo, é um fenômeno de atração e de repulsão; seus elétrons e prótons são contrários elétricos. O áto­mo é, como o nosso próprio planeta, um imã com pólos positivos e negativos.
Sendo assim, a ciência continua em perpétuo fluxo, incapaz de atingir a Causa Primeira e Última; apta, é verdade, para descobrir as leis de um cosmo já existente e funcional, mas impotente para achar o Autor da Lei e o Único Ope­rador. São bem conhecidas as grandiosas manifestações da gravitação e da eletricidade, mas o que são a gravitação e a eletricidade, nenhum mortal o sabe.
Transcender máya foi a tarefa atribuída à raça humana pelos pro­fetas milenários. Elevar‑se sobre a dualidade da criação e perceber a unidade do Criador, eis o fim supremo do homem. Os que se apegam à ilusão cósmica devem aceitar sua lei essencial de polaridade: fluxo e refluxo, ascensão e queda, noite e dia, prazer e dor, bem e mal, nasci­mento e morte. Este padrão cíclico assume certa monotonia angustiosa depois que o homem passou por alguns milhares de nascimentos; ele começa, então, a lançar um olhar de esperança para além das compul­sões de máya.
Enquanto o homem permanece su­jeito às ilusões dualísticas da Natureza, ele não pode conhecer o Deus único e ver­dadeiro.
Em meio aos trilhões de mistérios do cosmo, o mais fenomenal é a luz. Ao contrário das ondas sonoras, cuja transmissão exige atmosfera gasosa ou algum outro meio material, as ondas de luz transpõem livremente o vácuo do espaço ínterestelar. Elas dispensam até mesmo o hipotético éter, considerado, na teoria ondulatória, o meio interplanetário da luz.
“Reconhecer francamente que a ciência física estuda um mundo de sombras é um progresso dos mais significativos escreveu Sir Arthur Stanley Eddington em “A Natureza do Mundo Físico”.  No mundo da física, observamos um jogo de aparências, que é o próprio drama da vida cotidiana. Meu cotovelo, uma sombra (aparência, irrealidade, alusão à essência), apóia-se sobre a mesa, outra sombra; a tinta, sombra, desliza sobre o papel, sombra. Tudo é simbólico, e o físico não vai além do símbolo. Então vem (o filósofo) a Mente, o alquimista que transmuta os símbolos ... Para concluir em termos crus, a substância do mundo é substância mental”.
Um iogue que, através da meditação perfeita, fundiu sua consciência com o Criador, percebe que a essência do cosmo é a luz (vibrações de energia vital); para ele, nenhuma diferença há entre os raios de luz que compõem a água e os raios de luz que compõem a terra.
“Se, pois, teu olho for único, teu corpo inteiro será luminoso. Concentração prolongada no olho espiritual libertador capacita o iogue a destruir todas as ilusões relativas à matéria e ao peso gravitacional; ele vê o universo como o Senhor o criou: em essência, uma indiferenciada massa de luz.
Os filmes de cinema, com suas imagens animadas, ilustram muitas verdades concernentes à criação. O Diretor Cósmico escreveu os argu­mentos de suas próprias películas e convocou enormes elencos para os cenários dos séculos. Da cabina escura da eternidade, Ele envia Seus raios de luz através de fitas de eras sucessivas e as cenas se projetam na tela do espaço.
Exatamente como as imagens cinematográficas parecem reais, mas são apenas combinações de luz e sombra, assim também a variedade universal é uma aparência ilusória. Os planetas, com suas incontáveis formas de vida, nada mais são que imagens num filme cósmico. Tem­porariamente verdadeiras aos cinco sentidos do homem, as cenas tran­sitórias são projetadas na tela da consciência humana pelo infinito raio criador.

Olhando para cima, numa sala de projeção, os espectadores podem observar que todas as imagens surgidas na tela derivam de um raio de luz sem imagens. Do mesmo modo, a branca e única luz da Fonte Cósmica emite o colorido drama universal, com engenhosidade inconcebível, Deus procede à montagem de “superespetáculos” para diversão de Seus filhos, fazendo‑os simultaneamente atores e espectadores de Seu cinema cósmico.

Como você encara ter que passar por milhões de reencarnações até "cair na real", desiludir-se de Máya, deixar a monótona vida material e se voltar para a Unidade de Deus, para uma vida mais dinâmica, infinita?

Ativar o 3º olho pode ser uma forma de iluminar seu espírito para visualizar mais claramente a diferença entre a vida oferecida por Máya e a vida oferecida pela Fonte de Luz que é Deus?

Você acha que a vida física é realmente como um filme criado por Deus? Somos atores e espectadores?


2 comentários:

  1. Acredito que a reencarnação é um processo maravilhoso, principalmente se encararmos tudo como uma grande luz projetando nossas vidas como um filme. E as milhões de reencarnações pelo menos quanto ao tempo, são ilusorias.
    Sim se pudessemos realmente ativar o terceiro olho seria possivel estarmos mais proximos de Deus e talvez deixarmos de viver no mundo ilusório

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  2. É muita perda de tempo levar essa vida monótona, em milhões de reencarnações, quando poderia estar desfrutando de todas as belezas, de toda a bem-aventurança, de toda a vida estética, de toda a luz, de uma vida eterna de criatividade, de toda a paz interior, e de uma série de coisas inimagináveis que a Unidade com Deus oferece.
    Acredito que ativar o 3º olho dará uma ínfima ideia do que é a vida real que Deus proporciona à quem consegue se livrar de "Máya".
    Acredito sim, que a vida física é como um filme criado por Deus. É como um holograma, onde somos atores e assistentes. Intuitivamente, tenho certeza, que essa vida não é a vida verdadeira. Na verdadeira vida de Deus, nada poderia ser negativo, nada é negativo, logo essa vida é uma vida ilusória. A ciência está cada dia mais próxima de provar que essa vida é um holograma. A ciência está muito próxima de provar que as coisas (algumas ações) só ocorrem se houver o Observador...

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